quarta-feira, 10 de junho de 2009

A uma rapariga



"Abre os olhos e encara a vida! A sina
Tem que cumprir-se! Alarga os horizontes!
Por sobre lamaçais alteia pontes
Com tuas mãos preciosas de menina.

Nessa estrada da vida que fascina
Caminha sempre em frente, além dos montes!
Morde os frutos a rir! Bebe nas fontes!
Beija aqueles que a sorte te destina!

Trata por tu a mais longínqua estrela,
Escava com as mãos a própria cova
E depois, a sorrir, deita-te nela!

Que as mãos da terra façam, com amor,
Da graça do teu corpo, esguia e nova,
Surgir à luz a haste de uma flor!..."


Florbela Espanca


Para P.D., a minha grande Amiga

1 comentário:

  1. Eu sei que parece mal demorar 12 dias a responder a um post como este, mas a verdade é que já cá vim mais do que uma vez, escrevi coisas e depois desisti. Porque nem sei o que dizer... Já cá vim ler o poema, ler mais uma vez, reler. E de todas as vezes que quero escrever alguma coisa, vem-se sempre à ideia que realmente as palavras valem muito, muito pouco quando queremos descrever o que sentimos por alguém, por uma amiga como tu. Por isso, desculpa estar a ser tão poupadinha, mas só tenho uma coisa a dizer:

    Obrigada por existires

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