terça-feira, 5 de janeiro de 2010

The Unnamed Feeling IV - The End

Ali estava ele novamente à minha porta. Apercebia-me agora de que era realmente bonito apesar da indumentária simples e de estar completamente encharcado, o que até lhe dava um brilho especial. Por favor, entra, vou-te buscar uma toalha para te secares. Com passos lentos e a cabeça caída lá entrou. Está tudo bem, Miguel? Não te esperava aqui... Sentou-se e sem me olhar nos olhos respondeu, Eu sei que não devia insistir, mas acho que te amo... Por momentos parei de respirar, engoli em seco um "vai-te lixar" e respondi calma e firmemente, Pensei que já tivesses percebido que não sinto nada por ti... Mentirosa. Não sei se sentiria amor, mas sentia alguma coisa. De facto, sentia falta de ter algo mais extraordinário, não uma necessidade, apenas o capricho de ter alguém ao meu lado. Casar e ter filhos não fazia parte dos meus planos mas, tal como qualquer mortal, também apreciava carinho e atenção. Este homem era bonito, inteligente, o sexo era realmente bom, meigo e atencioso não lhe faltava nada. Talvez me faltasse a mim, talvez a culpa fosse minha, talvez eu já tivesse nascido com algum defeito que me impedisse de amar alguém, amar realmente, verdadeiramente. Ou talvez esse amor não exista. Talvez...talvez eu tenha consciência disso e, no entanto, não me queira contentar com o que haja e não me importe de ficar sozinha. Apenas sei que perdi a esperança. Desculpa Miguel, mas é melhor não nos vermos mais, nunca mais. O estranho, o Miguel, sem dizer nada ou sequer olhar para mim saíu da minha casa.
Nunca mais o voltei a ver.
Quanto a mim, deambulei por esta terra, dia após dia tentando ser feliz mesmo sem saber o que isso seria...



Entrei no teu jogo, Como um Louco
Fui ingenuo e tu tão fatal
Joguei-me todo e foi tão pouco

O amor é o teu instinto mais cruel
Enquanto te sigo melhor me faço o teu troféu
Entrei no teu jogo como um louco

Eu sou o teu escravo mais leal
Ordena que te ame

E odeia quando falho mas usa, abusa de mim e eu serei feliz até ao fim
Marquei as unhas no corpo,tornei-me um bicho irreal.
Infectei o lugar onde me punhas,

O amor é este monstro final
Gostas do teu trofeu erguido neste inferno.
Marquei o corpo com as unhas,

Pus-me louco tão original
Ordena que te ame,

E odeia quando falho, mas usa, abusa de mim e eu serei feliz,até ao fim.
Ordena que te queira,

E odeia quando paro,
Leva-me, arrasta o meu corpo,
Desfeito em pó.
Ordena que te ame,

E odeia quando falho, mas usa e abusa de mim e eu serei feliz,até ao fim

Ordeno que me odeies
Amo que tu sofras
Do que uso e abuso é sempre assim
Morrerá por mim
Ordeno que me odeies
Amo que tu sofras
Do que uso e abuso é sempre assim
Morrerá por mim

Ordena que te ame, Mundo Cão

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